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Intuição bergsoniana

Intuição bergsoniana

Chamamos aqui intuição a simpatia pela qual nos transportamos para o interior de um objeto para coincidir com o que ele tem de único e, consequentemente, de inexprimível. (Bergson 1974:20)

O artifício desse método [intuitivo] consiste simplesmente […] em distinguir o ponto de vista do conhecimento usual ou útil e o do conhecimento verdadeiro. A duração em que nos vemos agir, e em que é útil que nos vejamos, é uma duração cujos elementos se dissociam e se justapõem; mas a duração em que agimos é uma duração na qual nossos estudos se fundem uns nos outros, e é lá que devemos fazer um esforço para nos colocar pelo pensamento no caso excepcional e único em que especulamos sobre a natureza íntima da ação (Bergson 1999:217-8)

A exposição mais didática do método intuitivo pelo próprio Henri Bergson parece ter sido alcançada em “Introdução à Metafísica” (Bergson 1978), e a exposição deleuziana merece ser consultada (cf. Deleuze 1999:7-26, 77, 130-1).

Referências
BERGSON, Henri. 1974. Introdução à Metafísica. (Trad.: Franklin Leopoldo e Silva) In: Os Pensadores. Vol.XXXVIII. São Paulo: Abril, pp.17-45. [1903]
__________. 1999. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. (Trad.: Paulo Neves) São Paulo: Martins Fontes. [1939]
DELEUZE, Gilles. 1999. O bergsonismo. (Trad.: Luiz B.L. Orlandi) São Paulo: Ed.34. [1966]