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Carros autônomos, entre servidão maquínica e sujeição social

Carros autônomos, entre servidão maquínica e sujeição social

Segundo Gilbert Simondon, as máquinas têm o potencial de liberar o ser humano de todo trabalho mecânico, repetitivo, ou, no limite, de qualquer atividade que se resuma a um mecanismo ou a um programa de ação. Dessa perspectiva, em lugar de “substituir” motoristas humanos, os carros autônomos poderiam finalmente “liberá-lo” de um trabalho que, desde o início, é mecânico. Mas seria este o cenário que efetivamente se desvela no atual desenvolvimento de carros autônomos? Proponho explorar algumas questões atuais ligadas ao desenvolvimento e concretização dos carros autônomos, em especial: suas possibilidades técnicas e econômicas concretas de implementação; e alguns obstáculos éticos e morais que vêm condicionando essa implementação. Para isso, recorrerei aos conceitos de “servidão maquínica” e “sujeição social”, como propostos por Gilles Deleuze e Félix Guattari. Afinal, o que acontece com motoristas e pedestres, quando automóveis finalmente se autonomizam? E o que poderia acontecer?
Debate com Pedro Peixoto Ferreira (IFCH/Unicamp), dentro do Ciclo: capitalismo, informação e vigilância, coordenado por Eduardo Mariutti (IE-Unicamp), transmitido às 15h do dia 26 de agosto de 2022 pelo canal do Instituto de Economia da Unicamp no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=mxZYp-crnRo